Inúmeras revisões científicas têm discutido o termo apropriado para a chamada Menopausa Precoce, Insuficiência ou Falência Prematura Ovariana. Independentemente da designação utilizada, define-se Falência Ovariana Prematura (FOP) quando há ausência de menstruação por período de 4 a 6 meses associada à elevação do hormônio folículo estimulante (FSH) em pacientes, majoritariamente, com idade inferior a 40 anos. Porém, a FOP pode ocorrer – inclusive – em jovens entre os 20 e 30 anos. Esta condição inviabiliza a gestação.
Abaixo dos 40 anos a incidência de FOP varia entre 0,5% e 3% das mulheres em idade fértil.
As principais causas de Falência Ovariana Prematura (FOP) estão relacionadas a defeitos genéticos como síndrome de Turner, síndrome do X frágil e deleções cromossômicas (perda de segmento). E também a toxinas ovarianas causadas por quimioterapias, radiações, caxumba e infecção por citomegalovírus.
Pacientes com desordens autoimunes, dentre as quais se destacam a insuficiência adrenal primária e a doença autoimune da tireoide, têm a incidência de FOP aumentada.
Quando não devidamente tratada, esta condição aumenta o risco de osteoporose, doenças cardiovasculares, demência, déficit cognitivo e doença de Parkinson.
Recomenda-se que todas as mulheres diagnosticadas com Falência Ovariana Prematura (FOP) recebam tratamento hormonal, com o devido controle médico.
Nas que desejarem gestar indica-se a utilização de óvulos doados (ovodoação).
Dr. Carlos Alberto Link CRM 15733