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Preservação da Fertilidade em Pacientes com Câncer

Preservação da Fertilidade em Pacientes com Câncer

O câncer é o principal problema de saúde pública no mundo e já está entre as quatro principais causas de morte prematura antes dos 70 anos de idade, na maioria dos países. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa no Brasil para cada ano do triênio 2020-2022 aponta que ocorrerão 625 mil casos novos de câncer (450 mil, excluindo os casos de câncer de pele não melanoma). Os tipos de câncer mais frequentes em homens, à exceção do câncer de pele não melanoma, serão de próstata (29,2%) e nas mulheres os cânceres de mama (29,7%).

 

A preservação de fertilidade em pacientes oncológicos cresceu muito nos últimos tempos, já que estes passaram a ter um diagnóstico precoce e tratamentos mais eficientes. Com isso, o câncer tem se transformado de uma doença quase sempre fatal para uma enfermidade crônica ou mesmo curável. Por esse motivo, questões como a qualidade de vida e a preservação da fertilidade futura devem ser sempre pensadas.

 

Muitos pacientes diagnosticados com câncer são jovens que ainda não tem filhos ou desejam aumentar a família no futuro. Ao mesmo tempo, diversos tratamentos para o câncer podem comprometer o futuro reprodutivo, principalmente as quimioterapias, radioterapia ou a combinação de tratamentos que podem levar a redução da reserva ovariana ou mesmo a falência.

 

A gravidez não piora o prognóstico de mulheres pós-câncer, sendo liberadas para gestação naquelas com doença de bom prognóstico após um período de acompanhamento livre da doença, a critério do oncologista.

 

A Reprodução Assistida teve um grande avanço em termos tecnológicos e hoje oferece técnicas bem estabelecidas de preservação da fertilidade.

 

Por muito tempo, o congelamento de embriões para mulheres e homens que tinham parceiros era a técnica mais utilizada. Atualmente, com muitos trabalhos mostrando resultados semelhantes com gametas femininos congelados ou a fresco, o congelamento de óvulos tem sido um dos mais utilizados, assim como o congelamento de sêmen, preservando-os para o futuro.

 

Para as mulheres, o estímulo ovariano para coleta dos óvulos dura em média 2 semanas e pode ser iniciado a qualquer momento do ciclo menstrual, reduzindo assim o atraso no início do tratamento oncológico.
Já a preservação masculina necessita apenas da coleta do sêmen sem maiores preparos.

 

Por todas essas razões, é recomendado que as equipes discutam com todos os pacientes jovens em idade reprodutiva as possibilidades de preservação antes de iniciar um tratamento.

 

A equipe de médicos da Clínica Proser, sempre muito preocupada com o futuro reprodutivo de todos os pacientes, está disponível para dar o suporte necessário e ajudar na decisão de qual o melhor tratamento para cada caso, bem como realizar o sonho de serem pais e mães.

 

 

Andréia Moro Torre
Médica Ginecologista da Clínica ProSer – CRM 33853
Especialista em Infertilidade Conjugal e Reprodução Humana | Integrante da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana

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